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Raladinho no joelho
Nessa última semana me senti incomodada com um certo sentimento, era algo que incomodava, mas eu não sabia dizer o que. Parecia com aquela sensação de um machucado recente, como se fosse um raladinho no joelho em que toda vez que você anda você sente a pele repuxando e ardendo. Só que meu machucado não era físico, minha pele não repuxava nem mesmo ardia o que ardia mesmo era minha mente, meus pensamentos e o maldito sentimento que não me deixava em paz.
Comecei a prestar atenção em quais momentos que aquela sensação aparecia, percebi que era quando eu tinha ideias ou filosofava e começava a escrever um texto em minha mente. As palavras eram redigidas, fotos mentais eram tiradas, a cada nova conclusão a cada nova ideia que surgia com o meu raciocínio, o sentimento aparecia.
Era tiro e queda, um par de ação e reação instantâneo até que então minha mente se desviava por segundo do meu foco e todo aquele texto que eu havia redigido era perdido. E juntamente com aquele sentimento vinha o remorso e a raiva de ter perdido algo que por um instante eu achei que revolucionaria o mundo, o meu mundo.
Até que ontem enquanto dava minha visita semanal á livraria achei a biografia de Caio Fernando de Abreu, escritor que até hoje não li nenhuma obra, mas li várias citações de textos interessantes, super criativos que tem uma profundidade que conseguia tocar o fundo da minha alma apesar de ter lido seis ou sete linhas do seu trabalho. Enquanto eu lia o livro escrito por Paula Dip, que logo me apaixonei, ela relata que Caio necessitava da escrita, que nos seus piores e melhores momentos ele era varrido por um sentimento que o levava a jogar no papel o que sentia, suas criticas, medos, receios,frustrações e amores.
Foi como se uma luz celestial me cegasse e eu ouvisse o coro de aleluia, era isso! Era a escrita! O meu raladinho no joelho psicológico era a minha necessidade de escrever que nunca era suprida já que eu nunca anotava minha ideias. Então, espero que esse blog cure, todo aquele sentimento de frustração pela perda de um texto escrito mentalmente.Que esse mundinho que estou criando seja um vômito da minha criatividade e o meu merthiolate que tira a dor e mata todas as bactérias que fazem questão de piorar o raladinho no joelho mental.
Nana B.
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