" E ela sentia a falta dele. Dos comentários sarcásticos, dos conselhos sábios. Ela queria o majestoso sorriso torto direcionado a ela. Ela queria ler as mensagens que relatavam fatos do dia a dia dele e a pequena crítica cômica que estava inserida ali. Ela queria sentir a indecisão emanando do corpo dele enquanto sua mente ponderava cada possível ação. Ela queria ouvir a voz baixa no meio da sessão de cinema pedindo para que ela soltasse a mão dele porque estava tirando a circulação, já que ela amedrontada com as possíveis cenas de terror que prosseguiria apertava com muita força. Ela queria sentir os braços dele ao redor dela, quentes, carinhosos e protetores em uma abraço que só ele poderia dar. Ela queria ele. Ele como um todo. Com as neuras e defeitos. Queria ele nos momentos ruins, para assisti-lo e nos momentos bons para comemorar a felicidade que ele sentia. Ela só queria estar na vida dele, e não vislumbrando tudo de atrás de uma parede de vidro, sem poder ter contato nenhum com a realidade que o cercava. Por isso ela odeia cada segundo das ações frias e perguntas sem resposta. Porque ela sente cada poro do seu corpo clamando por ele. Assim como todas as células que revertem o seu corpo imploram para que ela desista e o deixe afogar no mar de memórias que ela não fará questão de revirar. E ela sabe que será questão de tempo até a sua guerra interna acabe e um dia ele será apenas o vislumbre de algo bom que não consegue lembrar."
N.
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