O erro foi meu ou da ideologia?

01/07/2014


Acho que todo mundo concorda que já cometeu alguns erros na vida, senão erros algumas decisões equivocadas.Afinal, ninguém é perfeito.
Eu estava lendo o livro "Qual é o seu número?" da Karyn Bosnak e no final do livro a personagem principal tem que enfrentar de frente tudo o que ela fez. Tudo que ela considerou errado, impensado e irresponsável e ela chegou a conclusão que não se arrepende de nenhum deles, apesar de ficar martirizando esses "erros" durante todo livro, ela no fim se orgulha de todos eles, porque fizeram ela ser a pessoa que é hoje.

Não é a primeira vez que escuto isso, mas encaixou num sentimento presente na minha vida, principalmente porque estou repensando por qual motivo considerei meus erros em erros. Eu me recriminava por tudo que fiz, pelo simples fato da coesão externa me dizer a "verdadeira" natureza dos meus atos. Ou seja, muitas (preste atenção nesse "muitas" e o fato de não ter usado a palavrinha "todas") das coisas, as quais eu repudiava ter feito na verdade foram uma ideologia externa que me massacrava.  Como dar carona a estranhos. O cara podia ser um assassino, estuprador ou algo do tipo. Isso pode ser considerado um erro, levanto em conta que não sei a procedência do sujeito, mas se durante todo o trajeto o cara for legal, tiver um papo interessante, isso significa que foi um erro? Apenas, porque a exceção toma conta dos nossos medos e julgamentos?
A religião também pode nos cegar ao vermos os "pecados" cometidos como imperdoáveis segundo certa doutrina. Como ser homossexual perante algumas religiões. Isso não é um erro, não é um problema. As pessoas que vêem isso como um fardo, um erro, algo não inerente ao indivíduo,  principalmente aqueles interessados nas pessoas do mesmo sexo devem ter em mente a forma, a qual foi empregado esse ideal.Ele foi imposto, um dogma. A religião propagou ideologia de acordo com os interesses deles.

Não sou perfeita. Estou longe de ser, mas é bom pensar por outros lados.
Vale à pena perdoar a si mesmo. Seguir em frente.Compreender que as suas decisões fazem parte de quem você é e  as consequências são subjetivas.  Entender que se o seu comportamento não for destrutivo para você e outros, qual é o problema de arriscar? De tomar decisões pouco comuns em relação à massa? Nenhum. Exatamente, nenhum problema.

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