Quando lançou o último filme da trilogia
Batman, The Dark Night Rises(2012), eu tentei escrever uma resenha sobre
o filme. Contudo, minha paixão por super heróis, em especial ao Batman fez com
que eu escrevesse seis páginas à mão sobre o filme, mas preguiça de
transcrevê-la para o blog tornou impossível a criação do post. Pois bem, nesse
exato momento os créditos do Batman Begins aparecem na tela da minha televisão
e eu fiquei surpresa mais uma vez pela evolução dos filmes. Então aqui estou eu
escrevendo uma longa resenha tão esperada pelo meu âmago infantil.
Desde pequena fui apaixonada por super
heróis, vi sempre todos os episódios da Liga da Justiça, Vingadores, e dos
heróis individuais. Mas apesar de ter o Super Homem e sua extrema força e
capacidade de voar, a bela amazona da Mulher Maravilha e sua habilidade com a
corda. E até mesmo o azarado do Peter Parker vestindo a roupa do Homem Aranha
pulando pelos arranha-céus de Nova York, eu nunca gostei tanto de um super
herói como o Batman.
Bruce Wayne fez mais parte da minha infância
do que muitos dos meus membros familiares. E eu por alguns momentos vivi mais em Gotham City do que na
cidade em que vivo. E quando eu vi a
tela se escurecer dizendo que a trilogia Batman se findara eu sai do cinema
parecendo que eu havia me tornado novamente a garotinha magricela, que tinha
costume de correr com a capa negra voando em suas costas.
Batman, The Dark Night Rises contou com a excepcional direção de
Christopher Nolan, as quais mãos hábeis foi
entregue o relançamento da franquia em 2005, com Batman Begins. Nolan foi capaz de dar um novo ar a franquia,
mais obscuro, mais real, como se a possibilidade uma metrópole com Gotham City
pudesse ser tangível, já que parece com uma obscura Nova York. E essa impressão fez com que eu me maravilhasse com o
universo imaginário novamente.
Desde
Batman Begins (2005), percebi que haviam dado um ar mais humano, para Bruce
Wayne (Christian Bale). Digo mais humano, porque a tendência dos diretores em
adaptações cinematográficas de super heróis é que os personagens principais
realizem peripécias impossíveis, e ainda saem sem nenhum arranhão . Já o
cavalheiro das trevas tinha lesões terríveis perna deslocada, coluna fora do
lugar, rompimento de ligamentos, contusões concussões, roxos e mais roxos pelo
seu corpo(por falar nisso no último filme uma das cenas mais engraçadas é quando Wayne vai ao médico). Isso mostra as conseqüências de ser humano normal, apesar de ser
extremamente rico, tentar proteger uma cidade com os vilões e os mocinhos
contra ele. Entre na luta bem e o mal Batman nunca escolheu um lado.
Bruce Wayne se aposentou de sua atuação como vigilante de Gotham City, e um atentado ocorre em um avião que mostra a face no vilão mais premeditado, Bane (Tom Hardy). A aparição da mulher-gato (Anne Hathaway) parece mover Bruce Wayne com o rouba das joia de sua mãe, assim como o atentado de Bane e seu passado, para que ele tire a poeira de seu traje e volte atuar como o Cavalheiro das Trevas com ajuda da tecnologia desenvolvida de Lucius Fox e financeira Miranda Tate para salvar a Wayne Enterprises(até ela apresentar sua verdadeira natureza). E assim se segue a trama, com diálogos que muitas das vezes pensei que poderiam ser melhorados. Contudo as cenas do Mordomo Alfred ( o fabuloso Michael Caine) são extraordinárias pesando a favor. A atuação de Caine é impecável e comoveu todo o cinema com o seu pranto, a primeiro momento ao dizer " Não vou enterrar você. Já enterrei membros demais da família Wayne." .
A trilha sonora de Hans Zimmer fora fenomenal. Cada segundo foi embalado por uma melodia inesquecível. Nada se esperaria menos do compositor alemão que salva muitos filmes com suas composições fantásticas, que me fizeram arrepiar.
Christopher Nolan fez com que a conclusão da
franquia fosse épica. A fotografia escura, dando ênfase para tons frios, fez
com que Gotham City fosse bem representada e que o dinheiro que eu havia pagado
no meu ingresso valesse à pena, pois pegou o âmago da história em cada quadro. As atuações brilhantes não fizeram que eu perdesse um segundo da trama, apesar de não ter gostado da performance de Hathaway como a suposta mulher gato. A conclusão épica para uma trilogia fantástica, o filme superou todas minhas expectativas, e a da garotinha que sempre sonhou viver no mundo da ficção.
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